CARLOS GOMES É O NOVO IMORTAL DA ACADEMIA DE LETRAS DO RN
Carlos Gomes toma posse como imortal
* Honório de Medeiros
Na
cadeira cujo patrono foi o imenso Tonheca Dantas, tomou posse na
Academia Norte Riograndense de Letras o escritor Carlos Roberto de
Miranda Gomes, filho do saudoso e respeitado Desembargador José Gomes da
Costa.
Escritor,
Professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Universidade
Potiguar, Auditor do Tribunal de Contas do Estado, Controlador Geral do
Estado, Presidente da Ordem dos Advogados do Rio Grande do Norte, a
folha de serviços de Carlos Gomes à Sociedade é longa e impecável.
Acima
de tudo um homem honrado, como poucos os há, hoje. Uma vida
irretocável, a servir de exemplo a quem o conhece e teve a satisfação de
com ele conviver.
Fui
um deles. Aluno, estagiário, colega, guardo em minha memória sua
corajosa participação em um momento complicado, quando tive minha vida
ameaçada, eu e a juíza de Pau dos Ferros, há muitos anos atrás. Na época
Carlos Gomes era Presidente da OAB/RN e sua conduta foi exemplar, tanto
no apoio quanto na solidariedade.
A
nós, Assessores Jurídicos do Estado, colocou debaixo de sua proteção e
não permitiu, também em momento delicado, na condição de Consultor Geral
do Estado, o aviltamento de nossa categoria.
Creio firmemente que a Academia ganhou muito com a convivência de Carlos Gomes. Principalmente estatura.
Eu me sinto representado por Carlos Gomes na Academia Norte Riograndense de Letras.
domingo, 14 de junho de 2015
MINHA POSSE NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS
No
Eclesiastes: 3.1. temos que: “Tudo neste
mundo tem o seu tempo; cada coisa tem a sua ocasião”. O texto do Livro Santo nos permite fazer
acréscimos ao encontro de sua teleologia. Por isso podemos acrescentar que há tempo para pedir e tempo para agradecer.
Esta é a ocasião de demonstrar gratidão.
Obrigado
aos Acadêmicos e Acadêmicas que compareceram ao evento; aos queridos
confrades da ACADEMIA DE LETRAS JURÍDICAS DO RN; ACADEMIA MACAIBENSE DE
LETRAS, ACADEMIA CEARAMIRINENSE DE LETRAS E ARTES "PEDRO SIMÕES NETO";
ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL; INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN;
UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES DO RN; MAGNÍFICA REITORA DA UFRN, PROF.
ÂNGELA MARIA PAIVA CRUZ; COMISSÃO NACIONAL DE FOLCLORE; INSTITUTO
NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA; ROTARY CLUBE NATAL-SUL; CONFRARIA DOS
AMIGOS DOS SEBOS E LIVRARIAS; FAMILIARES DOS HOMENAGEADOS: TONHECA
DANTAS, OSWALDO DE SOUZA E PERY LAMARTINE; MEUS FAMILIARES, EM
PARTICULAR O PATRIARCA MOACYR GOMES DA COSTA; COLEGAS PROFESSORES E
ESTUDANTES; INTEGRANTES DA COMISSÃO DA VERDADE DA URFN: PROF. IVIS
BEZERRA; ESTUDANTE JUAN DE ASSIS ALMEIDA E SECRETÁRIA KADMA MAIA; AMIGOS
E AMIGAS.
Meus agradecimentos, também, ao Coronel-PM Ângelo Dantas, que liberou a Banda de Música da gloriosa Polícia Militar, que abrilhantou a solenidade. Igualmente ao músico Humberto Dantas e aos servidores da Academia. Uma palavra especial para o cuidado e precisão da querida colega, Secretária da Academia, Acadêmica Leide Câmara.
AGRADEÇO ÀS PESSOAS QUE ENVIARAM MENSAGENS, justificando a ausência em virtude de estarem fora do País, do Estado ou de Natal ou em razão de doença, através de telefonemas, internet, cartões, ofícios e telegramas, todos devidamente registrados. E proclamo a minha intenção de tudo fazer pelo engrandecimento da Excelsa Academia que me recebeu com tanto carinho.
Meus agradecimentos, também, ao Coronel-PM Ângelo Dantas, que liberou a Banda de Música da gloriosa Polícia Militar, que abrilhantou a solenidade. Igualmente ao músico Humberto Dantas e aos servidores da Academia. Uma palavra especial para o cuidado e precisão da querida colega, Secretária da Academia, Acadêmica Leide Câmara.
AGRADEÇO ÀS PESSOAS QUE ENVIARAM MENSAGENS, justificando a ausência em virtude de estarem fora do País, do Estado ou de Natal ou em razão de doença, através de telefonemas, internet, cartões, ofícios e telegramas, todos devidamente registrados. E proclamo a minha intenção de tudo fazer pelo engrandecimento da Excelsa Academia que me recebeu com tanto carinho.
sábado, 13 de junho de 2015
POSSE NA ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS na Cadeira nº 33 que tem como Patrono TONHECA DANTAS, O MAESTRO DOS SERTÕES
Na noite de ontem a sociedade potiguar prestigiou a posse do novo
Acadêmico CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, na cadeira nº 33, cujo
Patrono é o Maestro TONHECA DANTAS.
O evento contou com a representação dos Membros da ANRL e das Academias
Macaibense de Letras, de Letras Jurídicas ALEJURN, da Academia
Cearamirinense de Letra e Artes "Pedro Simões Neto", do Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte, da União Brasileira de
Escritores-RN, do Instituto Norte-Riograndense de Genealogia, da Ordem
dos Advogados do Brasil, da Comissão Nacional de Folclore e da Reitora
Ângela Maria Paiva Cruz, da UFRN.
A Comissão de recepção, constituída dos Acadêmicos Valério Mesquita,
Sonia Faustino e Paulo Macedo introduziu no recinto o novo Acadêmico,
com a execução da Valsa Royal Cinema pela Banda de Música da Polícia
Militar do Estado.
O orador oficial da ANRL foi o escritor Manoel Onofre de Souza Júnior.
O discurso do novo Acadêmico abordou o perfil do Patrono TONHECA DANTAS e dos anteriores ocupantes da cadeira, escritores OSWALDO DE SOUZA e PERY LAMARTINE.
A solenidade foi impecavelmente presidida pelo Acadêmico Diógenes da Cunha Lima e registrada pela Secretária Leide Câmara.
O discurso do novo Acadêmico abordou o perfil do Patrono TONHECA DANTAS e dos anteriores ocupantes da cadeira, escritores OSWALDO DE SOUZA e PERY LAMARTINE.
A solenidade foi impecavelmente presidida pelo Acadêmico Diógenes da Cunha Lima e registrada pela Secretária Leide Câmara.
Grande público, bela solenidade, recepção irreparável, ao som do músico Humberto Dantas.
REPRODUZIMOS INTERPRETAÇÕES DA MÚSICA "ROYAL CINEMA"
REPRODUZIMOS INTERPRETAÇÕES DA MÚSICA "ROYAL CINEMA"
Royal Cinema
Versos de Joaquim Bezerra Júnior
Anjo do céu, flor de minh’alma
Por
que me deixas no deserto, amor?
Vivo
sofrendo entre ruínas
Entregue
ao dissabor
De
tua ausência atroz eu fico a soluçar.
Ai!
do pranto que derramo
Jamais
teu pobre gaturamo vai
Gemer,
oh astro do meu sonho
Como
outrora em ternos carmes
Decantava
estrema a trescalar do olor
Deste
amor.
Ai!
sorrindo me dizias,
Oh
meu astro de poesias
Só
a morte roubará
Nosso
amor, nosso amor.
Que
será!
Mas
o tempo foi bastante
Pra
teu amor inconstante,
Entre
urzes do martírio
Me
deixar, me deixar.
Oh!
Me
deixas entregue aos dissabores
E
vais em busca de outro amor,
Levando
a alma cheia de esplendores
Que
dera com loucura ao teu pobre cantor.
Lamentando
a tua ausência eterna
Esta
alma devaneia
Como
um astro salutar e atroz
E a
minha voz é um funeral de horror
Meu
amor, do pobre trovador...
(Saraiva, Gumercindo, TROVADORES POTIGUARES,
sexta-feira, 12 de junho de 2015
MINHA POSSE HOJE NA CADEIRA DE TONHECA DANTAS
144 ANOS DO MAESTRO DOS SERTÕES
CARLOS ROBERTO DE MIRANDA GOMES, escritor
Nesta
semana o Estado do Rio Grande do Norte estará comemorando o 144º de nascimento
do extraordinário músico de Carnaúba dos Dantas TONHECA DANTAS, na realidade, Antônio Pedro Dantas, nascido no
dia 13 de junho de 1871 no sítio Carnaúba de Baixo (Carnaúba dos
Dantas-RN), cidade demarcada pelos Portugueses em 11 de abril de 1613, 5º filho
do segundo matrimônio do viúvo Tenente-Coronel
da Guarda Nacional João José Dantas, com a escrava alforriada Vicência Maria do
Espírito Santo, celebrado em 1º de fevereiro de 1871, de um total de oito:
Pedro Carlos de Maria, José Venâncio de Maria, João Pedro Dantas, Manoel
Nicolau Dantas, Antônio Pedro Dantas, Francisca Urçulina da Conceição, Maria
Clara do Monte-Falco e Luís Felipe Dantas.
Pelos
grandes feitos e pela notabilidade alcançada em sua vida, mereceu a eleição
para Patrono da Cadeira nº 33 da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, cujos
primeiros ocupantes foram, respectivamente, Owaldo de Souza, também maestro e
Hypérides Lamartine (Pery), aeronauta, escritor e poeta. Agora foi eleito para
a referida cadeira o escritor Carlos Roberto de Miranda Gomes, que tomará posse
HOJE, dia 12, que iniciou a sua vida também como artista de rádio, participando
da radiofonia potiguar (Rádio Poti e Sociedade Artística Estudantil.
A
cidade-berço de Tonheca estava fincada no coração do Seridó, no semi-árido
subtropical, região de caatinga onde habitaram os indígenas das tribos Janduís,
Canindés e Pegas. Apesar da paisagem sofrida da geografia sertaneja, cercania
do riacho de Carnaúbas, as crianças sobreviviam livres, com pouca coisa a
fazer, sobrando tempo para despertar a atenção para a música.
Tonheca foi atraído pelos seus irmãos mais velhos, participando da banda da sua
cidade, sob o comando de José Venâncio de Maria, costume que vem sendo
conservado ao longo do tempo. Era instrumentrista de excelência com habilidades
como flautista,
trompetista, saxofonista, violonista, clarinetista.
A sua vida está retratada para a posteridade através do escritor Cláudio
Galvão que escreveu “A desfolhar Saudades”, esgototando a sua biografia.
Teve experências marcantes na cidade de Belém do Pará onde pertenceu à
Banda de Música do Corpo de Bombeiros; passagens por cidades da Paraíba, como
João Pessoa, Campina Grande, Alagoa Grande e Alagoa Nova e em vários município
do Estado do Rio Grande do Norte.
Por três vezes serviu na Corporação da Polícia Militar deste Estado,
onde terminou os seus dias em 07 de fevereiro de 1940.
Foi professor de música, compositor de mais de 1.000 peças, entre as
quais a imortalizada valsa Royal Cinema, gravada por orquestras sinfônicas,
filarmônias e bandas de todo o país e de além mar, com destaque especial para a
Valsa Royal Cinema, que ressoou pelas ondas da Rádio BBC de Londres, durante a
Segunda Guerra Mundial, até certo tempo executada como sendo de “autor
desconhecido”, dentre outras composições de vários gêneros como valsas,
dobrados, hinos, polcas, maxixes, mazurcas, sambas, choros, xotes e marchas.
Nunca deixou de ser
reverenciado, tendo o seu nome colocado em rua desta Capital e criada uma sala
especial no Teatro Alberto Maranhão, outra no Quartel da Polícia Militar do
Estado, além de tornar-se Patrono da Cadeira 33 da Academia Maior do Estado a
partir da reforma estatutária de abril de 1967.
O
ex-prefeito de Natal, Djalma Maranhão,
cujo centenário de nascimento acontece neste ano, costumava chamar Tonheca
Dantas de Strauss Papa-Jerimum.
quinta-feira, 11 de junho de 2015
Tonheca Dantas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Tonheca Dantas.
Antônio
Pedro Dantas (1871-1940),
era filho de João José Dantas e da escrava alforriada Vicência Maria do
Espírito Santo, natural deCarnaúba dos Dantas, Rio Grande do Norte,
Brasil. Tonheca
Dantas, como era conhecido, foi músico, compositor e
maestro, sendo autor de uma obra de mais de mil peças musicais.
Despertou
o gosto pela música desde criança, aprendendo com os irmãos em uma banda de
música da sua cidade. Jamais teve formação superior como músico, era autodidata.
Em 1898 foi contratado como maestro da Banda de Música da Polícia Militar do
Rio Grande do Norte, função que exerceu por três anos. Em 1903, mudou-se para
Belém do Pará, sendo contratado como regente da Banda de Música do Corpo de
Bombeiros. Em 1910, foi para a Paraíba onde regeu as
bandas de música das cidades de Alagoa Grande e Alagoa Nova. Retornou
definitivamente em 1911 para Natal, onde passou a integrar a Banda de Música da
Polícia Militar.
Foi
compositor de uma vasta obra até hoje executada pelas bandas filarmônicas
Brasil a fora e até mesmo no exterior, é de sua autoria a Valsa Royal Cinema,
que compôs para um cinema da cidade de Natal, pertencente a um amigo. Esta
valsa foi tocada exaustivamente pela Rádio BBC de Londres, durante a Segunda
Guerra Mundial, infelizmente executada como sendo de “autor desconhecido”.
Suas
composições eram principalmente valsas,
mas também dobrados, maxixes,
hinos, xotes, polcas,
marchas e outros gêneros musicais orquestrados. São obras famosas também a
Valsa Delírio, a suíte Melodia do Bosque, Valsa A Desfolhar Saudades, a marcha
solene Republicana e o dobrado Tenente José Paulino.
O
ex-prefeito de Natal na década de 60, Djalma Maranhão, costumava chamar Tonheca
Dantas de Strauss Papa-Jerimum. O governo do Estado do Rio Grande do Norte
prestou-lhe uma homenagem com a inauguração da Sala Tonheca Dantas, no Teatro
Alberto Maranhão. Cláudio Galvão, em sua biografia sobre o maestro conta esse
episódio ocorrido no teste para maestro da Banda de Música da PMRN, em 1898: Em seguida foi a
vez de Tonheca Dantas. O comandante lhe entregou uma partitura diferente da
primeira e perguntou ao candidato qual o instrumento que iria escolher.
‘Qualquer um…’ respondeu. ‘O Sr. Diga qual o que quer’. Os membros da comissão
se entreolharam, surpresos com a audácia daquele sertanejo moreno e franzino e
resolveram por a prova seus conhecimentos mandando que fosse tocando a peça nos
diversos instrumentos da banda.
quarta-feira, 10 de junho de 2015
AD
IMORTALITATEM
Ciro José Tavares.
Lamento não estar em Natal
para assistir, neste dia 12 de junho, a posse de Carlos Roberto de Miranda
Gomes na Academia Norte Rio-Grandense de Letras.
Carlos
é um dos meus mais antigos amigos. Fomos colegas no Colégio Americano Batista,
no Barro Vermelho, Natal Também Terezinha, hoje sua esposa. Lembro-me que vinha ao colégio num transporte
que me apanhava na Avenida Deodoro, em frente ao Cinema Rio Grande. O médico
Costa Neto, que hoje passeia nas rotas estelares, e Edgar Ramalho Dantas faziam
parte do grupo transportado.
Depois
seguimos trajetórias diferentes, mas eu sempre sabia dos seus sucessos,
principalmente, na área da música. Cantava bem, com um repertório de boa
qualidade. Nos programas de auditório foi presença constante e destacada. Outro
que sempre aparecia no panorama musical era o advogado e amigo Odúlio Botelho
Medeiros. A época do Rádio provoca-me enorme saudade. Ótima programação e muita
gente boa atuando nas cabines radiofônicas e nos microfones, o inesquecível
Genar Wanderley e Luís Cordeiro entre tantos.
Nós
vamos crescendo e inexplicável distância vai sem querer nos afastando. A
distância é ainda maior se nos tonamos andarilhos. Comigo e Carlos certamente
isto aconteceu. Estive fora da cidade muito tempo, sabíamos muito pouco dos
nossos dias.
Formado
em Direito, Carlos tornou-se um brilhante profissional e foi exemplar
presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Rio Grande do Norte.
É uma unanimidade entre seus colegas. Se tiver adversários não será sua culpa.
Pessoas como ele, sérias, competentes, inteligentes, dedicadas às atividades
que exercem, quase sempre incomodam àquelas que se colocam num polo contrário,
morrem de inveja e de
ambição.
Nas
letras, é precioso estilista, escreve com clareza e objetivamente. Ao ser
acolhido na Academia Norte Rio Grandense de Letras, recebe sua tríplice coroa
acadêmica, pois já é membro da Macaibense de Letras e da ALEJURN.
A
ANRL ficará ainda mais engrandecida com a presença de Carlos. Ocupará a cadeira
cujo patrono é Tonheca Dantas, um músico, corroborando o ensinamento de que
nada acontece por acaso, mas está predeterminado. O ocupante anterior era
Hypérides Lamartine, outra figura digna de registro e de quem sentimos falta.
Bom cristão Carlos que caminha a passos largos para a imortalidade perdoará a ausência
do amigo mais uma vez distante.
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